A primeira crise alérgica pode ser uma surpresa, principalmente em mães e pais de primeiro viagem. Saber identificar rapidamente os sintomas de alergia em crianças é fundamental para o não agravamento das mesmas.
Coceira, vermelhidão, tosse, inchaço, irritabilidade e até sintomas respiratórios, como coriza, obstrução nasal e falta de ar? A ordem é manter a calma, o seu filho pode estar reagindo a algum alérgeno e o primeiro passo é descobrir o que causou a reação nele.
Quais são os tipos de alergia em crianças mais comuns? Quais as causas, sintomas e até como se prevenir delas? Fique de olho no apanhado que fizemos de algumas delas logo abaixo:
Alergias respiratórias
As alergias respiratórias em crianças são mais manifestadas por meio da rinite e da asma. Coceira, espirros, obstrução nasal e coriza são os principais sintomas da rinite, tipo de alergia que acomete até 30% da população em cidades grandes.
Já a asma, que atinge entre 10% e 20% da população, costuma ser atribuída a ambientes pouco ensolarados e propícios para o acúmulo de ácaros, insetos e epitélios de animais domésticos. Seus sintomas incluem a falta de ar, chiado no peito e tosse.
Como diferenciar uma gripe ou resfriado de uma alergia respiratória como a rinite e a asma? A alergia respiratória não dá febre, não congestiona a região dos olhos e nem tira o apetite do seu filho.
Esse tipo de alergia não tem cura, mas você pode lidar com isso aprendendo a evitar a exposição do seu filho aos alérgenos. Além do mais, geralmente asmáticos têm rinite e 40% de crianças com rinite apresentam episódios de asma.
Evite que as crianças fiquem muito tempo num só local fechado sem circulação de ar, cuide bem da faxina doméstica em casa para que elas fiquem livres de microrganismos e prefira evitar tanta exposição à poluição.
Alergias alimentares
Na infância, leite, ovo, trigo, amendoim, peixe e soja são os alimentos que mais provocam reações alérgicas. Nos pequenos, elas podem aparecer tanto na primeira ingestão, quanto no consumo recorrente.
Os pais devem observar os sintomas, como vômito, diarreia, erupções na pele, dificuldades respiratórias, mal-estar, e em casos mais graves, como eczema e urticária. Caso haja alguma suspeita, o médico deve ser consultado.
A alergia alimentar afeta de 6 a 8% das crianças com menos de três anos de idade, e algumas delas superam a sua alergia alimentar à medida que envelhecem. Uma das formas de tratamento é evitar o alimento por um longo período e, em alguns casos, para sempre, dependendo da resposta de cada indivíduo.
Alergias de contato
As alergias de contato têm como principal característica reações inflamatórias causadas na pele em decorrência da exposição a algum agente. Entre as mais comuns nas crianças estão as dermatites, ou eczemas, e a urticária.
Vermelhidão, descamação e coceira, que podem levar à lesão da pele pelas escoriações, são os sintomas das dermatites e eczemas. Podem ser causadas por produtos como, por exemplo, cremes e shampoos.
Já a urticária pode ser causada pela sensibilidade a determinados medicamentos, como os inflamatórios. Provoca coceira intensa, placas vermelhas pelo corpo e possíveis inchaços na pele.
Geralmente o incômodo da alergia é tratado através de remédios via oral, algumas vezes associados a pomadas. A alergia pode desaparecer depois de duas ou três semanas. Para a prevenção, evite ter contato com agentes desencadeadores.
Alergia a picadas de insetos
Alguns dos principais responsáveis pela alergia a picadas de insetos são as abelhas, formigas, pernilongos e vespas. O quadro de reação a essa alergia geralmente se dá minutos após a exposição do indivíduo ao animal.
No momento da picada, o inseto injeta sua saliva na pele da criança. Se ela for alérgica, o local poderá ficar avermelhado e coçar bastante. O efeito pode durar até 10 dias e a coceira pode abrir pequenas feridas.
Em alguns casos, pode ocorrer infecção por bactérias, o que deixará uma feridas na pele. É preciso ter cuidado, já que em alguns casos as crianças podem ter até complicações respiratórias por conta dessa alergia.
Para se prevenir, utilize telas em casa para evitar a entrada de insetos. Consulte o seu pediatra sobre qual repelente pode usar nas crianças sempre que elas forem brincar ao ar livre. Muita atenção para essa dica, já que alguns repelentes podem ser tóxicos para as crianças.
Como melhorar a qualidade do ar?
Muitas das alergias em crianças apresentadas anteriormente são causadas por agentes alérgenos específicos que não conseguimos ver, mas que são os grandes vilões para a qualidade do ar em que respiramos.
Confira abaixo algumas dicas para evitá-los e manter a qualidade do seu ar sempre em dia:
Mantenha as janelas e portas sempre limpas – Janelas, portas ou outros tipos de ventilação devem ser higienizadas regularmente.
Limpe o filtro do ar condicionado – Limpe ou troque os filtros com regularidade, principalmente se tiver animais de estimação em casa.
Lave as roupas de cama regularmente – Sua cama é o ambiente perfeito para a proliferação de ácaros, evitar isso ajuda muito a melhorar a qualidade do ar.
Evite perfumar a casa – Velas e purificadores de ar perfumados podem ter produtos tóxicos em sua composição. Prefira aromatizar a casa com produtos naturais.
Escolha bem o seu sabão e amaciante de roupas – Esses materiais de limpeza também podem conter elementos tóxicos como os conhecidos Compostos Orgânicos Voláteis (COVs). Opte pelos produtos neutros!
Use um purificador de ar – Comprovadamente, um bom purificador de ar melhora a qualidade do ar da sua casa. Com um modelo moderno, como o Sterilair, o ambiente que você escolher será esterilizado e ficará livre de fungos, bactérias, ácaros e outros microrganismos. Pense nessa alternativa com ainda mais carinho se você tem ambientes pouco arejados em casa!
Plantas protetoras – Algumas são capazes de filtrar o dióxido de carbono e absorver outras toxinas. Aposte em tipos como Crisântemo, Antúrio, Jiboia, Samambaia Americana, entre outras.